- Capitulo XXVI
"― O importante não se vê... É como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é bom, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas são floridas. É como a água. Aquela que me deste para beber parecia música, por causa da roldana e da corda... Lembras-te como era boa? À noite olharás as estrelas. Aquela onde moro é muito pequena, para que eu possa te mostrar. É melhor assim. Minha estrela será para ti qualquer uma das estrelas. Assim, gostarás de olhar todas elas... Serão tuas amigas. E, também, te darei um presente... As pessoas vêem as estrelas de maneira diferente. Para aqueles que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca teve... Quando olhares para o céu de noite, eu estarei habitando uma delas, e de lá estarei rindo; então será, para ti, como se todas as estrelas rissem! Desta forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir! [...]E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão louco. Será como uma peça que te prego... Será como se eu te houvesse dado, em vez de estrelas, montes de quizos que sabem rir..."
PS: Contei para você dormir, você se lembra?
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